sexta-feira, 4 de abril de 2014

A subida mágica daquela rua

Há entradas deliciosas e sobremesas fantásticas mas existem certos elementos do prato principal, a parte intermédia do serviço, que merecem pontificar.

Um toque verde com rúcula, um fruto seco tostado, um queijo especial derretido, uma "cama" de legumes, um vinagrete ou umas batatas gulosas podem não SER mas ajudam, sem dúvida, a FAZER.

Permites-me comparar aquela subida mágica da rua Garrett, no primeiro fim de semana, a pinhões que foram dourados na frigideira e posteriormente espalhados por um prato magnífico?

É que essa subida ajudou-me tanto, tanto, tanto a FAZER. Faísca, magia, dilatação saudável das pupilas, pequenos e intermitentes "sismos" na barriga, igualmente afetada por variações térmicas de correntes de emoção galopante que por ela passavam constantemente.

Subi e nem dei por subir e os neo-hippies da Garrett até podiam estar mais excêntricos naquele momento que eu também não iria dar por isso.

Subi e esse não foi o primeiro momento e muito menos o último. Constituiu, talvez seja a melhor forma de o descrever, a pincelada transversal na tela de um pintor, aquela que separa os traços do início sobre o branco e os detalhes definidos e finais. Se tal não fizer sentido, que me perdoem os artistas.

É que na tela que EU e TU estamos a pintar faz (lá está o FAZER) muito sentido.

Amo-te e obrigado*
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