Estando em sintonia com a Taskinha, que é um blog lagarto, não posso deixar de expressar a minha admiração por este grande vulto do desporto-rei: JJ!
Gozem, riam-se, ridicularizem, mas a verdade é que o Jesus é o meu ídolo futebolístico. Apesar de não haver pessoas iguais, ainda existem formas de estar na vida, feitios e estados de espírito que se aproximam consideravelmente.
No entanto, no que ao JJ diz respeito, não há ninguém como ele. Este mister é único e quem me dera poder dizer, daqui a uns anos, que a Luz também teve o seu Ferguson.
Os críticos do futebol que não percebem nada de futebol e, além disso, comem muito queijo crucificam este homem porque, com ele, o SLB só conquistou um campeonato e umas quantas Taças da Liga.
Na minha opinião, a falta de capacidade que querem imputar ao JJ é, na realidade, a falta de capacidade de compreensão evidenciada pelos adeptos de que o futebol não obedece a mecanismos de conquistas instantâneas de títulos.
Tirando as injeções de capital russo e árabe que, hoje em dia, permitem fazer clubes tipo "pudim Boca Doce", que, numa época, passam de praticamente irrelevantes a potências ganhadoras graças ao cheiro atrativo do dinheiro, os clubes "pudim de ovos caseirinhos" primam pelam autenticidade e pela constatação de que a estabilidade é uma arma.
Jesus usa (e muito bem) esta arma, que explica precisamente o êxito sustentado do FCP nas últimas décadas. Muito antes dos títulos, há que forjar uma cultura, impor um sistema, construir uma equipa que resista a entradas e saídas pontuais e desenvolver jogadores, fazendo-os crescer.
O JJ não faz isto tudo, ó velhos do Restelo?!? Que falta faz a mentalidade que impera no Emirates e protege naturalmente Arsène Wenger...
Mas nem tudo é negativo. O facto de a equipa ter sido positivamente recebida depois dos jogos com o FCP e o Chelsea pode significar que o carisma de JJ começa a conseguir atenuar o nosso tantas vezes exacerbado fulgor latino na forma de ver futebol.
O caminho é simples: continua, Jesus... E por muitos anos!