sexta-feira, 18 de abril de 2014

A nossa adorável "rotina pasteleira"

É um dos meus maiores pequenos prazeres da vida: frequentar pastelarias. Apesar de não ser um gosto intensamente partilhado pela minha Mais-Que-Tudo, que adere mais a restaurantes, sei que ela me acompanha de corpo e alma nesta rotina pela busca do galão, bolo e pão.

Gosto de pensar que se trata de uma 1/2 hora de qualidade, partilhada a 3, com família ou amigos e animada por conversas sobre o que nos vier à cabeça no momento, enquanto tomamos o pequeno-almoço ou o lanche e admiramos, da mesa para a montra, o bom aspeto das iguarias que não pedimos.

A realização deste quotidiano é fácil no continente. Se não quisermos consumir muito combustível, existem muitas e boas soluções à volta de casa. Caso estejamos virados para o passeio, Lisboa tem, obviamente, solução para tudo.

O problema surge quando a área de residência passa temporariamente para a ilha Terceira. Para além de o conceito propriamente dito de pastelaria não abundar por estes lados, as poucas que entram neste perfil apresentam, à imagem dos restantes estabelecimentos comerciais, horários bastante liberais (fazem jus à história liberal desta ilha...).

Já "batemos com o nariz na porta" várias vezes. Aliás, a partir do momento em que vi uma RIAC (Loja do Cidadão açoriana) fechada a meio da tarde de um dia útil normalíssimo só porque, a umas centenas de metros do local, iria haver uma das 768 967 touradas que se realizam anualmente na Terceira, fiquei "vacinado".

Daí que o nome seguinte tenha caído do céu para nós: Padaria do Juncal. Razões para tal? São 6 e são todas mágicas:

1) aberta 24H por dia, 7 dias por semana (é o que eles apregoam, apesar de acharmos que fecha ao domingo);
2) instalações remodeladas, modernas e alargadas (antes, era uma padaria do tipo "chegar, pagar e levar", sem mesas e cadeiras; hoje, é uma pastelaria "à maneira"!);
3) produtos de qualidade (bolos, salgados, pão, etc.);
4) nunca está cheia de "macacal";
5) à porta de casa (a gasolina sorri);
6) o espaço permite que a Clara brinque à vontade.

Ahhhhh, que belos galão e croissant de chocolate acabei de "mamar"!!!

https://www.facebook.com/Padariajuncal





quinta-feira, 10 de abril de 2014

Coleção "Só com um pano encharcado na tromba" de A a Z

Como ser organizado que sou, até no exercício de demonstração de ódios gosto de exibir linhas metódicas e ideias que conseguem atingir pormenores de arquivo.

Assim, eis a minha alfabética e cuidadosamente preparada reflexão sobre pessoas (algumas delas sê-lo-ão mesmo?) que me despertam sentimentos tão "bonitos" que, para mim, só lá vão com um "pano encharcado na tromba" (se calhar nem assim, mas tudo bem...):


A- anónimos
São três, a obrigatoriedade do seu anonimato deriva da minha condição profissional (TEM DE SER, BOLAS!!!) e são os maiores FILHOS DA **** com quem tive/tenho a infelicidade de lidar no meu meio de trabalho

B - Balotelli (Mario)
O jogador de futebol que eu mais odeio neste mundo. Parvo, embirrante, arrogante, individualista, infantil, irascível, não deve muito à inteligência e, pior ainda, pensa que é o maior e que os colegas e treinadores existem unicamente para o servir

C - Clooney (George)
É, na minha opinião, um ator fraquinho e consegue ser canastrão desde a puberdade. Quase destruiu de vez a personagem do Batman no cinema, mas, felizmente, existem realizadores como o Christopher Nolan. Pede-se a uma alma caridosa que leve este homem às salinas da ilha do Sal e o mergulhe durante umas horas para ver se ele ganha estofo! Expliquem-me, senhoras, porque é que este tótó é considerado um galã...?

D - Diesel (Vin)
Péssimo, péssimo, péssimo ator! Duas perguntas simples: 1) como é que um ... "ator" ao qual são normalmente atribuídos papéis de herói/durão é sopinha de massa?; 2) porque é que ele não foi preso e condenado a prisão perpétua depois de ter feito "O Chupeta"?

E - Eiró (Nuno)
É irritante, tem uma cara irritante, uma voz irritante, só aparece em programas irritantes e, para variar, aquela barba consegue ser mais ridícula do que irritante

F - Fidalgo (José)
O pior ator português da atualidade. A voz do Christopher Lee é fantástica; a do Fidalgo é, simplesmente, fruto de bagaço barato (C. Lee, perdoa-me por isto!)

G - Guedes (gémeos)
Para além do pano encharcado, são precisos vários pares de chapadas para abanar este par de sorrisos patetas e inúteis, por favor!

H - Henrique, Antero
Como é óbvio, o representante execrável da Direção execrável no banco de suplentes do clube execrável que é o FCP merece uma letra só para ele. O vice foi feito à imagem do "presidente-padrinho" e não duvido de que será o próximo "Don Corleone" do futebol português. Tem tudo para isso, até porque estar ao nível do relvado (e nos túneis de acesso ao mesmo) facilita o conhecimento dos senhores da arbitragem!

I - Ideologia da Coreia do Norte
Para além de tudo aquilo que os bons e os maus órgãos de comunicação social expõem relativamente ao governo norte-coreano, saber, por exemplo, que o (raro) turista é sancionado por, dobrando um panfleto, jornal ou revista, dobrar também as imagens dos "queridos líderes", penso que está tudo dito... Pobre, pobre, pobre população...

J - Jardim (Luís)
"Ai e tal eu sou um jurado de programas de música muita mauzão, seco, direto e que só busca a qualidade mas produzi um cd do Castelo Branco..." Ó Jardim, faz um favor ao país e emigra para a Coreia do Norte!

K - Kroeger (Chad)
Aquele look de pseudo-Jesus que é vocalista de uma banda de pseudo-rock que não produz uma boa música há mais de 10 anos faria melhor figura a vender meias na feira de Carcavelos. É que nem a borbulhenta da Avril Lavigne consegue injetar um pouco de talento no homem, pá!

L - Laurie (Hugh)
 Este constitui para mim uma irritação tão especial que me leva a desenvolver um sintoma que é típico da terceira idade: confundir o ator com a personagem. DETESTO aquela personagem do House e ADORO vê-lo a levar baile dos Dálmatas. Como diria um grande amigo meu, acho que este Laurie é um palhacito sem piada nenhuma que, ainda por cima, pensa que percebe muito (NOT) de futebol, especialmente da Liga Inglesa...

M - Mourinho (José)
Não precisamos de ter sucesso fazendo frequentemente telenovelas venezuelanas de baixo orçamento nas conferências de imprensa, treinos, jogos e entrevistas. Já farta tanto gosto em criar polémica. O que é que se ganha com isso? Um pontapé madrileno no rabo e um "sei bem que vou ser campeão em Inglaterra já na primeira época do meu regresso mas vou fingir que sou muito humilde e digo que estou apenas a construir uma equipa para o próximo ano mas sei que vou ganhar já mas, mas, mas... afinal não vou, não...A CULPA É DOS ÁRBITROS!!!"  Má qualidade dos árbitros em Inglaterra, ó Zé?! Francamente... Que arrogante, malcriado e malformado. Só me chateia saber que chegará a selecionador nacional...

N - Nelly
Duas palavras que, quando combinadas, só podem "dar buraco": rapper texano... Encher as letras de "yeeeee-yeeeee-yeeeee" e usar aquele penso na fronha (por acaso até acho que já não usa mas, seja como for, ajuda a que este menino cimente a sua posição no meu "abecedário de paixões") obviamente que não melhoram a condição.

O - Osbourne (Kelly)
O que é que acontece quando a magia que transforma aquele puto da série "Eddie McDowd" num cão adquire um efeito de reversibilidade e passa a transformar animais em humanos (ou humanoides, no caso da Osbourne...)? Pois, faz de conta que a Porquinha Peppa é muito embirrante, estúpida como uma porta e grosseirona e sofre um castigo do velho de barba daquela série: plim, plão, agora és a Kelly Osbourne, Peppa! Aguenta-te!

P - Pinto da Costa (Jorge Nuno)
Eis um ser humano com um inegável repertório de qualidades e aptidões, verdadeiro messias, salvador, referência, inspirador, galvanizador e vulto norteador: os pais podem disciplinar os filhos que se portam mal, ameaçando-os com a chamada da "múmia do Norte"; as forças militares e de segurança podem melhorar o tiro ao colocar fotos deste senhor nas linhas das carreiras de tiro; as agências de viagem e os seus clientes podem ganhar reciprocamente com pacotes de férias maravilhosos, semelhantes aos que os árbitros têm; as prostitutas podem sonhar com uma vida melhor, isenta de sentimentos xenófobos porque tanto portuguesas como brasileiras podem aspirar à mesma ascensão (têm é de se portar bem ou o Reinaldo mete-as na ordem). Tantas, tantas possibilidades! Jorge Nuno para PR!!!!

Q - Quimbé
Com aqueles óculos e aquele tom de voz que empresta aos anúncios da MediaMarkt já merece umas chapadas antes e depois do pano encharcado.

R - Ramsay (Gordon)
Como piorar reality shows culinários que já são maus? GOOOOOOOOORDON RAMSAY!!! A pergunta que impera é esta: será que, no meio das asneiradas e gafanhotos inflamados que saltam daquela boca escocesa, há qualidade pura e verdadeira na cozinha?... Meu rico MasterChef Austrália!

S - Sócrates (José)
A existência do pior político português de sempre abarcou um período no qual ele foi primeiro-ministro de um país que conseguiu fazer bater no fundo. Foi azar, até porque há dejetos de cão que nunca chegamos a ver porque os donos são expeditos a apanhá-los com um saquinho. Este, pelo contrário, ficou no passeio e ainda lhe meteram uma gravata. Para além de não ter vergonha nenhuma, agora é um comentador político que se debruça sobre a situação monstruosa que ele criou. Antes de ele ser preso, deveriam ser enviados para o Tarrafal todos os que permitiram que chegasse a PM, metesse o país moribundo e à deriva e, agora, por fim, que regressasse ao ecrã.

T - Toy
Epá, sejamos francos e concisos: o Toy é um perfeito anormal!

U - Usher
O irmão gémeo do Nelly que gosta mais de R&B. Ele canta?

V - Villas-Boas (André)
A lógica é simples: o que dizer de um gajo que é a imitação barata (exceto para os clubes que o contratam e depois - "AHHHHHHH, SURPRESA, ELE ESTÁ A ENTERRAR A EQUIPA!!!" - despedem) do Mourinho?

W - West (Kanye)
Se o Emplastro é filho do Pinto da Costa (pai) e do Vítor Baía (mãe), este K. West é o pai e a mãe podres do Nelly e do Usher.

X - Xutos & Pontapés
Tenho palavras negativas a acotovelarem-se dentro da minha cabeça. Vou concentrá-las em duas ideias: 1) deviam ter acabado antes de começarem; 2) aquelas celebrações tipo 23,6 anos de carreira, 34 anos e 3 semanas de carreira, 35 anos e um dia de carreira com concerto na Baixa da Banheira, etc são torturas macabras e cruéis.

Y - Yuppies
Atenção que há yuppies e yuppies. Aqueles que me irritam são os que se inserem neste perfil: nascimento nos primeiros anos da década de 80, percurso académico nojento (graxa aos professores e pés metidos em cima da cabeça dos colegas), com manifestações políticas de direita, traições a namoradas que, por sua vez, também não são flores que se cheirem, progressão profissional em empregos de gravatinha de 2ª a 5ª e dress code mais casual à 6ª, com conversas postiças nas pausas para o café, até atingirem cargos de decisão que os levam a ter prazer em prejudicar muitas pessoas. Muitos ministros e secretários de estado realizam este percurso, mas estas "ervas daninhas" crescem em muitos outros contextos para além do político.

Z - Zé Pedro
Ó Zé Pedro, para quem anda há décadas a ver se aprende a tocar guitarra, tens muito tempo de antena, pá!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

A subida mágica daquela rua

Há entradas deliciosas e sobremesas fantásticas mas existem certos elementos do prato principal, a parte intermédia do serviço, que merecem pontificar.

Um toque verde com rúcula, um fruto seco tostado, um queijo especial derretido, uma "cama" de legumes, um vinagrete ou umas batatas gulosas podem não SER mas ajudam, sem dúvida, a FAZER.

Permites-me comparar aquela subida mágica da rua Garrett, no primeiro fim de semana, a pinhões que foram dourados na frigideira e posteriormente espalhados por um prato magnífico?

É que essa subida ajudou-me tanto, tanto, tanto a FAZER. Faísca, magia, dilatação saudável das pupilas, pequenos e intermitentes "sismos" na barriga, igualmente afetada por variações térmicas de correntes de emoção galopante que por ela passavam constantemente.

Subi e nem dei por subir e os neo-hippies da Garrett até podiam estar mais excêntricos naquele momento que eu também não iria dar por isso.

Subi e esse não foi o primeiro momento e muito menos o último. Constituiu, talvez seja a melhor forma de o descrever, a pincelada transversal na tela de um pintor, aquela que separa os traços do início sobre o branco e os detalhes definidos e finais. Se tal não fizer sentido, que me perdoem os artistas.

É que na tela que EU e TU estamos a pintar faz (lá está o FAZER) muito sentido.

Amo-te e obrigado*
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