domingo, 25 de janeiro de 2015

O Idiota

Se, no seu século XIX, Dostoyevsky tivesse imaginado que, menos de cento e cinquenta anos depois, o mundo e Portugal conheceriam a inigualável figura de Gustavo Santos, aquele que é um dos maiores romancistas da literatura russa teria feito umas alterações na obra "O Idiota".

Na verdade, com exceção do título, que teria todas as condições e mais alguma para se manter, até porque ganharia intemporalidade graças ao "brilhantismo" do grande life coach português (?????...), não restam dúvidas de que, hoje, Dostoyevsky daria um twist à história.

Ora vejamos:

- no livro, o príncipe Míchkin é rotulado de idiota pela sociedade corrompida e mesquinha de S. Petersburgo, que o considera um inadaptado;
- na vida real contemporânea, é o idiota Gustavo Santos que se adapta perfeitamente a uma sociedade mesquinha e adoradora de conteúdos informativos de baixíssima qualidade.

Liberdade de expressão, Gustavo? Really?

Liberdade de expressão é uma coisa tão boa que, para além de ser um pilar de qualquer sociedade democrática, ainda disponibiliza tempo e paciência para se permitir que idiotas como tu ganhem protagonismo a dizer disparates.

'Tá mas é calado!




1 comentário:

  1. Escolheste bem a foto, que parolo. Só espero que a esta altura do campeonato já esteja arrependido das burrices que disse...se calhar não!

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